Monday, August 27, 2012

Aula do dia 27/08/2012


  • Palheta dos verbos: 
0 Soprar, suspirar, bocejar
1 Roncar
2 Cochichar, sussurrar
3 Cantarolar para si mesmo, grunhir, balbuciar
4 Salmodiar, confessar, resmungar, conversar socialmente
5 Anunciar, contar piada, apresentar, chamar
6 Convencer, doutrinar, pregar, clamar
7 Torcer, exaltar, gritar, protestar
8 Imprecar, invocar, amaldiçoar
9 Urrar, gritar desesperadamente, exorcizar

Pegar um trecho de um texto ou canção e experimentar maneiras de dizê-lo, usando as indicações acima, variando as intensidades, se movimentando pelo espaço e mudando as posições do corpo, para que, assim, se tenha a sensação da voz produzida em todo o corpo.


  • Emoções:
2 grupos/coros, cada um com um regente. Cada indivíduo do coro escolhe uma emoção (ansiedade, medo, raiva, paixão, angústia, agonia, alegria, tristeza, entre outras) para expressá-la por meio de sons abstratos, não esquecendo o resto do corpo. Questão: Quais ações e gestos podem ajudar a expressar a emoção? O regente vai compondo com o coro, variando a intensidade. Depois, troca-se o regente. E, agora, além dos sons abstratos, tem-se texto improvisado também para expressar a emoção. Lembrando sempre de variar os recursos sonoros e corporais.


  • Palma e história:
Caminhando pelo espaço, encontrar alguém e formar uma dupla. Um levanta a mão, deixando a palma de frente para o colega, este vai focar na palma, seguindo-a conforme a movimentação do outro. Quem está seguindo, vai contar uma história para a palma e quem a movimenta, ouve. Depois, invertem-se: quem ouviu, segue a palma e conta a história.
A seguir, troca-se a dupla. O mesmo exercício, porém, agora, quem movimenta a palma pode batê-la, trocando a mão levantada; quando isso ocorrer, quem conta a história deve, imediatamente, iniciar uma nova. Assim que a palma for batida novamente, o contador da história volta para a anterior, e assim vai. Depois, invertem-se os papéis.
Após um tempo, quem está conduzindo, pode sair da sua dupla e "roubar" a pessoa de outra dupla, esta, ao ver a nova palma, deve iniciar uma nova história.


  • Roda de histórias
Todos sentados, em roda. Cada um vai contar para o grupo a história que achou mais interessante ou gostou mais de ouvir, mas vai contar como se fosse a sua história.
Questões: Quais são os elementos das histórias contadas? Por que você escolheu esta história para contar?
Algumas respostas:

  • 1ª pessoa;
  • Detalhamento da narrativa;
  • Movimentos: mudanças de personagens, mudanças no roteiro;
  • Tema: identificação com a história ou o choque, a surpresa pelo absurdo do tema;
  • Curiosidade;
  • Imaginação.
Ainda em roda, fecham-se os olhos para tentar lembrar de todas as personagens que surgiram nas histórias. Depois, cada um descreve rapidamente essas personagens.

***

Algumas imagens para ilustrar as emoções corporificadas que percebi observando os colegas:



Texto por Raquel Zichelle.

Sunday, August 12, 2012

Recomeçando... (Aula do dia 07/08/12)


Como era de se esperar, começamos com uma pequena conversa. Logo em seguida, partimos para um trabalho com bolinhas de tênis... É engraçado dizer, mas a primeira coisa que me veio a mente ao me ver "brincando" com uma bolinha, ao observar todos aparentemente"brincando", foi a sensação de ser criança... Uma criança que explora enquanto brinca, que percebe enquanto imagina... Então resolvi descrever essa primeira parte da  aula em forma de poesia, uma poesia simples ou, por que não dizer?, boba! Mas que descreverá todos os exercícios dessa primeira parte da aula...

Cada um com uma simples bolinha:
bolinha pra cima, bolinha pra baixo
rápida, devegar, longe e pertinho
Não importa o movimento criado sozinho

A ideia  é entender a relação,
explorar as possibilidades
Chão, parede, perna, braço, mão
Lançar e receber
Sensações a perceber e registros a fazer.

Agora duas pessoas
E uma bolinha somente
a exploração é igual e diferente
Três pessoas:
O jogo da relação já começa a complicar
A bolinha move o grupo, no espaço e no ritmo
Lançar e receber ainda mais nítido.

Agora sozinhos novamente, 
sem bolinha, seguindo orientações
Lançar e receber...
Dessa vez, só corpo e mente

Mais um exercício foi proposto,
Todos na roda e cada um com uma bolinha
É para jogar para o outro
Começa com uma e vai aumentando
São fogos de artifício dentro da roda
Bolinhas de todo lado. Atenção dobrada!
É necessária concentração 
Tanto na espera quanto na ação!

Agora separados e deitados no chão
O corpo recorda os registros
Move-se como quem dorme atormentado 
Começa um jogo de simulação
A lembrança de tudo que se passou
e, em cada momento, o impulso que ficou.


Intervalo

Já na segunda parte da aula, uma temos uma nova conversa, ou melhor, continuamos a conversa inicial para planejamento do semestre. Cito aqui alguns pontos, resumidamente:
- Primeiras apresentações das cenas (Projeto Laboratório de Cena), a partir do dia 15/10
- Seminários: Stanislawski: 03/09 e 10/09
                    Brecht: 10/09 e 17/09
                    Grotowski: 24/09 e 1/10
                    Barba: 1/10 e 8/10

No restinho de aula, nos dividimos em grupos, cada um dos quais deveria ler uma crônica do Marcelo Rubens Paiva - DASLÚMPEN, e montar um roteiro de ação, um roteiro de improviso. 
Em seguida cada unidade, deveria ser "traduzida" para uma imagem. A mudança das unidades deveria partir do detentor da ação.
Somente um grupo pode apresentar por conta do horário. A história ficou clara e a turma conseguiu identificar as unidades da história e, inclusive, os personagens e o tempo da ação (presente/flash-back).

Sunday, July 8, 2012

Ofina nas Férias!!!!

Prezados amigos!



Chegamos ao mês de julho com mais apresentações, uma nova oficina e um motivo especial para comemorar! Acompanhem:


Oficina "Bixiga Mind Centering"

Como parte das atividades da residência artística do Grupo 59 na sede do Teatro de Narradores, a atriz Tatiana Heide ministra a oficina "Bixiga Mind Centering - estudos do corpo e expressividade". As inscrições são gratuitas e a oficina acontece entre 16 e 24 de julho.
Mais informações no flyer anexo ou pelo e-mail contato@grupo59.com.br


Gato Malhado no Maquinaria, em São Paulo

Mais uma oportunidade para ver ou rever "O Gato Malhado e a Andorinha
Sinhá" em São Paulo. As apresentações acontecem no Espaço Maquinaria (Rua Treze de Maio, 240), no Bixiga, nos dias 21 e 22 de julho, às 16:00h, com entrada gratuita. Aí está uma boa dica para as férias escolares!



Um abraço,

Grupo 59 de Teatro
www.grupo59.com.br

Monday, June 25, 2012

Aula das "situações" - Parte 2

Depois dos jogos e improvisos, partimos para a leitura de um texto: "A Terceira Jornada", contido no Manual Mínimo do Ator, de Dario Fo.
Nesse texto, uma das palavras em destaque é: situações. Para cada gênero e história, Fo aponta os aspectos importantes da dramaturgia para "atarrachar o espectador na cadeira do teatro"; ou seja, para prender a atenção da plateia.
Para mostrar diferentes situações, alguns exemplos são tomados, dentre eles Hamlet e seus aspectos psicodramáticos, que permitem prender a atenção do espectador por meio do assassinato e o mistério que envolve a cena; ou seja, por meio de um acontecimento externo, que faz com que as personagens mudem de ações, comportamentos e relações.
Outra exemplificação do autor italiano é com relação ao gênero cômico, cujas caracteristicas aparecem por meio dos mecanismos de situações propostas pelas articulações das  personagens, cuja aparição é quase sempre com relação ao seu caráter ingênuo em detrimento da ausência de consciência com relação às situações.

Jogo das Estátuas - Em dupla, os participantes deveriam escolher uma imagem de uma estátua. Depois, deveriam analisá-la para tentar reproduzi-lá por meio do corpo. Feito isso, deveriam criar 7 situações diferentes para mostrar, por meio de uma narrativa*, momentos com "saltos" acentuados. Exemplo: Maria está dormindo. Maria está tomando café. Maria está dirigindo. Maria sofre um acidente de carro...

No final da aula, conversamos sobre os aspectos de cada estátua a partir de fotos tiradas por Lúcia Romano no celular.
As fotos foram importantes para percebermos os "saltos" das situações que, transpostas em cena, poderiam provocar mudanças de energia e uma melhor relação com o outro jogador.

*Nesse caso, a narrativa não era falada e também não se referia à um gênero em específico, pelo contrário, pois os participantes poderiam fazer ligações entre imagens abstratas -por exemplo- criando outro tipo de narração.

Aula das "situações"

Hoje, começamos a aula com um jogo em dupla, com o objetivo de aquecer os participantes e de proporcionar uma pesquisa com relação aos diferentes estados suscitados em cena:
1. Jogo dos Movimentos - Em duplas, escolhemos um movimento a ser realizado. Esse movimento deveria ser feito de diversas maneiras conforme as alternâncias de seu tempo rítmico.
2. Depois experimentamos andar pela sala e "roubar" outros movimentos, de outras duplas.
3. Executando o movimento incial e o "roubado" de outros participantes- alternando seu ritmo, intensidade, curvas de energia, combinações, contrastes, entre outros- as duplas se apresentaram à plateia para que ora o exercício pudesse ser  observado e ora experimentado.
 4. Para dar continuidade ao trabalho, Lúcia pediu que os participantes jogassem um outro jogo, juntamente com o Jogo dos Movimentos. Esse exercício se chama o Jogo da Luta, em que um dos participantes deve escolher algum membro do corpo do outro para "golpeá-lo" por meio da palavra falada; nisso, o participante que for "atacado" deve desviar o membro escolhido e, logo em seguida, atacar da mesma forma, fazendo suas escolhas conforme as necessidades* do jogo estabelecido.
5. Para finaliza a primeira parte da aula, algumas pessoas ficaram como plateia enquanto outras foram para a cena. Um novo jogo portanto foi estabelecido: SOBADISSODOMA E CALISSO, em que uma pessoa diz sobadissodoma e a outra, calisso, respondendo à primeira. Em cada fala um novo movimento deveria ser criado, acompanhado da voz, para que o sentido da cena fosse modificado. A resposta, com isso, deveria estar de acordo com o movimento do primeiro jogador, e não indiferente a ele. Tratava de jogar com o outro e não com a plateia, já que o objetivo era estabelecer relações com o jogador, mudando sempre as situações.

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* As necessidades da jogo estão relacionadas com as relações entre os participantes, ora criando momentos de tensão, ora de aproximação, ora de repulsa, ora de lentidão, ora de distanciamento, e assim por diante.

Thursday, June 21, 2012

Aula do dia 18/jun/2012 - Surpresa e Relação

O encontro dessa segunda-feira iniciou-se com questionamentos e reflexões da aula anterior. Como descobrir, manter, variar um estado do corpo e um estado da voz para que se mantenha a ação viva, pulsante? Caímos no que chamamos de SURPRESAS, que seriam as mudanças de intensidade.
Uma imagem interessante é o do cardiograma como sendo uma linha que corresponde ao fluxo de energia com variações que correspondem às mudanças, necessárias a esse pulso...


Uma observação que acho interessante destacar: mesmo a mudança tem de ter um tempo de permanência  pois quando há muitas mudanças súbitas, não há uma mudança de fato... 

Juntos, listamos de que maneira essas surpresas poderiam aparecer (levando em consideração os improvisos da aula anterior):
  • na relação ENTRE AS PERSONAGENS
  • na relação ENTRE ATORES E ESPECTADORES
  • na relação COM O OBJETO
  • na apresentação de ESTADOS LIMÍTROFES DO CORPO
  • na criação de um clima, envolvendo: o SOBRENATURAL, o SEGREDO, o MISTÉRIO, a SUSPENSÃO DE TEMPO
  • na criação de CONFLITOS (não apenas de caráter psicológico...)
  • na mudança de ESTILOS
Essa lista ainda está incompleta (acredito eu!) Ainda temos de buscar e experimentar outras formas de encontrar essas surpresas, para que, quem sabe, conseguir um dia pescar o tal  Peixe Dourado do qual Peter Brook já nos falou...

Encerrada a conversa, botamos a "mão na massa" - começamos nossos trabalhos práticos.

- Jogo do Adeus: todos andando pelo espaço, quando alguém diz "adeus", esta pessoa cai ao chão (como que morrendo) e o grupo deve ajudá-la nessa descida

Algumas questões para reflexão: Que mudanças podem ser feitas para que haja também uma mudança na intensidade da energia do grupo? Que postura ter para sustentar o jogo e mantê-lo "coletivo"?

- Jogo de Pega: Primeiramente, todos andando pela sala e um escolhe alguem para pegar... Ao sinal, cada um pega quem havia pensado ao mesmo tempo que tenta não ser pego. Conclusão: simplesmente não houve jogo! Cada um grudou no outro e pronto. Regras foram acrescentadas: ao ouvir o sinal congela, você só pode pegar seu alvo dando dois passos. Quem é pego sai, quem ficou escolhe outra pessoa (ou permanece com a mesma se preferir). O jogo começou a se desenvolver. Mais complicotes:  cada pegador terá um anjo (que o defende) e um demônio (que lhe ajuda a alcançar o alvo), as outras permanecem. Num primeiro momento a movimentação do anjo e do demônio é livre, depois passa a ser guiada pela contagem de passos tal como para o pegador.

Questão para reflexão: O que deixou o jogo mais interessante?
Algumas possíveis respostas: O fato de criar possibilidades, estratégias, tensão, certa suspensão do tempo...

- Improviso - Função
Dividiu-se em grupos de 5, cada um deveria criar uma cena onde cada integrante desempenharia uma função:

Personagem 1 --------------------- Personagem 2
       |                              |                          |
Ajudante 1                     |                 Ajudante 2
                      Acontecimento Externo

Um dos grupos ficou com 6 integrantes, sendo a este dado a função de se um personagem coringa.

Alguns comentários e algumas questões para reflexão: As vezes as funções ficavam bem claras para quem assistia, outras se confundiam e outras ainda se transformavam no decorrer da cena. É interessante pensar quais estratégias foram exploradas em cada um dos grupos? O que funcionou em cena? O que não funcionou? Como oferecer obstáculos para melhorar  a cena? Como manter a SURPRESA tão conversada no inicio da aula.

- Papel dos verbos: formou-se uma roda, em seu centro havia vários papéis com uma pequena lista de verbos. Cada um escolheu um papel e em seguida um verbo desse papel. A partir desse verbo, cada um deveria escrever outros 6 verbos ou ações que funcionariam como um caminho ou estratégias para a realização daquele verbo escolhido inicialmente.

Questãozinha: Que tipo de verbo oferece mais possibilidade de ação? Por exemplo, vervos óbveis não são tão interessantes porque não nos dão a possibilidade de agir de diferentes formas para fisicalizar o mesmo verbo.  

- Improvisação dos papéis: em duplas. Em cena dois banquinhos. Cada qual deve tentar materializar aquele caminho pensado para a realização do verbo do papel, os banquinhos funcionam como possibilidade de se estabaler as nuances da relação, por exemplo, se você estranhou a ação do outro, você afasta o banquinho, caso contrário, se você gostou, você aproxima o banquinho... Essa foi uma possibilidade de interagir com o banquinho, mas houve várias formas e alterntivas durante as (poucas) cenas utilizando-o como apoio, como objeto resignificado....

Últimas questões para reflexão: Como estabelecer a relação? Como fisicalizar ou espacializar os verbos?



Monday, June 18, 2012



ARQUEOLOGIA DA PALAVRA




HELENA CARDOSO LIXA




Pesquisa desenvolvida para a Disciplina de Interpretação, ministrada pela Prof. Dr. Lucia Romano.



UNESP/SP
ABRIL/2012



Arqueologia da Palavra
Termo escolhido: Representação

Ao pesquisarmos a linguagem teatral, muitos termos aparecem em nosso discurso sem que de fato nos apropriemos das diferentes significações da palavra. Com o propósito de esclarecer um caminho de apropriação da palavra representação, tracei o seguinte percurso.
PAVIS (1999) elenca as imagens que o termo representação sugere nos idiomas alemão, francês e inglês. Das Na definição trazida da palavra inglesa performance, representação seria: “...uma ação realizada (to perform) no próprio ato da apresentação (...) envolve ao mesmo tempo palco e plateia (...) por toda a equipe que se ‘realiza’ cenicamente (artística e socialmente)”. Por reunir os diversos elementos que compõem uma apresentação cênica (atores, público, equipe técnica, tempo, espaço, ação) a definição serve como nosso ponto de partida.
Na língua inglesa, performance pode ser utilizado em diferentes contextos. Em primeiro lugar (conforme definição de The Routledge Companion to Theatre and Performance, de Allain e Harvie, 2006), o termo designa um ato de apresentar, na presença de uma plateia,  algo que foi previamente preparado. Tal uso da palavra se refere a qualquer apresentação das artes performativas, incluindo o teatro, a dança, o circo, as artes marciais, os happenings e as apresentações improvisadas, entre outras. O termo também pode designar todo comportamento social (incluindo o comportamento diário e ritual); o rendimento, ou a capacidade de alcançar objetivos (como um motor de um carro, as estratégias financeiras de uma empresa ou as conquistas de um atleta); a arte da performance ou a body art (em que se privilegia a presença e corporificação do artista com o objetivo de reforçar uma narrativa, representação ou identidade coerente, que defendam certos objetivos políticos); e a desconstrução da atuação (acting) no teatro nos moldes realistas de caracterização, (constituída com o objetivo de questionar as “verdades” apresentadas em cena, como as práticas dadaístas, futuristas e expressionistas e o teatro didático brechtiano).
Cada uma das definições acima traz maneiras distintas de compreender o termo representação. A primeira definição citada coincide com aspectos apresentados no verbete acting, que também relaciona-se à atividade de representar na cena e no teatro: acting é a arte de representar no teatro, na qual o ator emprega seu corpo e voz. Acting é ao mesmo tempo intencional e teatral, em contraponto a outras formas de representação (performance, no original em inglês), como por exemplo um ritual ou um protesto. ALLAIN e HARVIE (2006) esclarecem que a representação (acting) é intencional, por se tratar do resultado de uma auto-reflexão do ator sobre sua prática, sua estética e função social. Além disso, é teatral porque, geralmente, é mimética: imitia aquilo reconhecido pelo senso comum por realidade. Por esta razão, a representação está relacionada a seu contexto social e nele interfere.
Com relação à função da representação e como ela é realizada, ALLAIN e HARVIE (2005) pontuam que o treinamento físico e intelectual ganhou forte aceitação em fins do século XIX, e dele derivam conceitos difundidos desde meados do século XX, tais como foco, controle, pesquisa, preparação psicofísica e interpretação de texto. Entretanto, ressaltam que ainda hoje a espontaneidade, a presença e a “ação realizada (to perform) no próprio ato da apresentação” - ainda são facetas da representação consideradas nos estudos teatrais contemporâneos.
Para BARBA e SAVARESE, a criação de um sistema corpo-mente orgânico tem implicações na representação. Um corpo que responde a todo impulso mental pede a integração entre as sensibilidades cênicas. A construção dessas sensibilidades e sua relação são condições básicas para a criação de um personagem (character) e de um papel (role), conceitos definidos na teoria de Stanislavsky, a qual serve de base para toda a estruturação da metodologia de Barba ali discutida.
Para FERRACINI, a representação dá-se por meio de ações físicas e vocais orgânicas, retiradas de um vocabulário próprio. Ações físicas podem ser divididas em duas partes complementares: a corporeidade (aspectos internos da ação) e a fisicidade (aspectos formais da ação). Qualquer intenção de semântica ou expressividade é ação física, não limitando a transmissão de um significado somente ao texto dramatúrgico. Este conceito amplia a definição de representação para além dos limites da representação textocêntrica, ainda frequente nos palcos ocidentais na contemporaneidade.



BIBLIOGRAFIA

ALLAIN, Paul & HARVIE, Jen. The Routledge Companion to Theatre and Performance. Londres: Routledge, 2005.
BARBA, Eugenio & SAVARESE, Nicola. A dictionary of theatre anthropology: the secret art of the performer. Londres: Routledge, 1991.
FERRACINI, Renato. A arte de não interpretar como poesia corpórea do ator. Campinas: Editora da Unicamp, 2003.
PAVIS, Patrice. Dicionário de Teatro. São Paulo: Perspectiva, 1999.



Thursday, June 14, 2012


              Fotos tiradas durante a aula
   do dia 04/06 - exercício com os tecidos!


(Laura Nogueira Terra )












Monday, June 11, 2012

De 0 a 9!


Aula 04-06

# Começamos nosso encontro nos questionando sobre os problemas que temos em cena. Cada um escreveu em uma folha quais eram seus problemas em cena, depois aleatoriamente cada um escolhia uma folha qualquer, que não fosse a sua e lia. Surgiram muitas coisas em comum.
Creio que a Lúcia propôs essa reflexão para que comecemos a jogar mais conscientes e para que ela possa pensar em novas abordagens ao longo do ano.
Algumas perguntas foram lançadas nessa roda:
- De que maneira o jogo transforma os problemas de relação em algo concreto?
- Como eu me ligo e desligo em cena? Como acesso questões imediatamente relacionadas com  interpretar?
- Onde está a satisfação do jogo?

Ao final da discussão, iniciamos a parte prática da aula:

# Enquanto nos deslocávamos pela sala, a Lúcia propôs que elencássemos categorias de energia, níveis de 0 a 9, onde 0 é a iminência do movimento e 9 a maior energia. Ela regeu esses níveis depois que havíamos os estabelecido durante a caminhada.
# Nos dividimos em grupos de 4 pessoas. 1 pessoa ficaria de fora regendo (ditando qual nível de energia usaríamos) e as outras executariam. Aos poucos íamos revesando.
# Por último, as 3 pessoas que estavam executando os deslocamentos, sem combinar, determinavam o nível que iriam se movimentar, juntas e a pessoa que estava de fora falava o número da categoria de energia que via. Cuidado para não deixar que a pessoa de fora continue decidindo o nível de energia usado


O que é mais difícil? Subir os níveis gradativamente, mostrando as diferenças entre um e outro, ou descer?
Descer é mais difícil para mim. Quando ao sub r chegava no nível 9, não conseguia baixar os níveis um a um, a energia se esvaia e ia direto para o 3 ou 4.


# Cada um recebeu um lenço de seda. Tínhamos que movimentar esse lenço, também pensando nos níveis de energia de 0 a 9. Depois junto a movimentação, poderíamos sonorizar o deslocamento, pensando na intensidade da voz e sua relação com o movimento.
# Em duplas, uma pessoa fazia o movimento com o lenço e a outra sonorizava. O som dava a intensidade e a velocidade da  movimentação do outro.
# Grupos de 5. Coro e Regente. 1 pessoa é o regente e os outros 4 são o coro. O regente não rege apenas com as mãos mas sim com todo o corpo. No coro não é necessário o uníssono, a voz reverbera em todo corpo também. Cada componente do coro escolhe o som que será emitido, porém deve sempre pensar na harmonia do grupo. Fomos experimentando vários regentes e depois escolhemos 1 deles para nos apresentarmos aos companheiros de aula.

Como tirar a intensidade do som da parte de cima do corpo?
Como por o som em todo o corpo? Os movimentos geram o som


# Por último, se voluntariaram 2 coros de 5 pessoas e dois regentes. O formato do jogo era esse:

                     
          CORO             <---    REGENTE    --->     REGENTE    --->                CORO
          A                                    A              <---                B                               B     


O regente A e o regente B dialogavam com movimentos dentro dos níveis de 0 a 9. Consequentemente, cada regente regia o coro atrás de si. Ou seja, cada coro deveria obedecer a regência "proposta" pelo regente em sua frente.




# A Lúcia pediu para que escrevêssemos duas colunas para a próxima aula. Em uma delas devemos elencar verbos de intensidade de voz de 0 a 9 e na outra situações do corpo ou-e tipos de teatro de 0 a 9.



Beijinhos!!!!


Sarah Reimann Oliveira   IV Lat

Sunday, June 3, 2012

O mais do mesmo, o mesmo do mais, o menos que é mais, o menos que é pouco...

Cumprimentos: Andando pela sala, deveríamos nos relacionar com as pessoas que passavam por nós. Primeiro com um “bom dia”, depois falando o nosso próprio nome, falando o nome da outra pessoa, dando a mão, dando a mão de olhos fechados, fazendo uma reverência, abraçando, três beijinhos, tapa no rosto/apertar bochecha e tapinha nas costas. Daí, todos poderiam interagir escolhendo uma dessas ações, procurando sempre intenções diferentes. Então, a regra passa a ser de pergunta e resposta: um deveria responder à ação do outro (há uma pausa, um tempo para se entender a pergunta e responder a ela, assim como há um tempo para se sentir a resposta). Ainda nesse exercício de pergunta e resposta, agora a pessoa que “pergunta” faria a mesma ação três vezes para que a outra respondesse de três maneiras diferentes (dessa vez, apareceram respostas  com ações diferentes das ações já propostas).
Para mim, foi interessante observar a dificuldade que ainda temos em nos olhar nos olhos e também de “ouvir” o que o outro perguntou de fato para que a resposta não seja mecânica.

Patrão e servo: Em duplas, foi estabelecida a relação de patrão e servo. Quem assumia o papel de patrão, tinha o direito de mandar o servo fazer o que quer que fosse, procurando extrapolar os limites. Assim que uma ordem não estivesse ao alcance do servo, este teria de estar disposto a negociar, a encontrar soluções.
Lembrou-me um exercício do Teatro do Oprimido, em que uma pessoa olha fixamente e segue os movimentos da mão da outra pessoa. Ao final desse exercício, questiona-se se foi melhor seguir ou ser seguido. Foi melhor (ou mais confortável, ou mais divertido) ser patrão ou servo?

Entre as margens: Sentamos em duas fileiras paralelas, formando em corredor. Duas pessoas teriam de atravessar esse corredor para se encontrar pensando que sempre passam pelo mesmo trecho há 20 anos, querem muito se falar e não tem tempo. Tentar encontrar diferentes meios de se mostrar isso. Depois, uma das duas poderia falar apenas “por favor” e “não, nada”. Ainda no mesmo exercício, e ainda com as condições anteriores, uma delas teria sonhado com Deus dizendo que receberia um raio em sua cabeça se não chegasse do outro lado, enquanto a outra também teria sonhado com Deus a ameaçando, mas teria de impedir a passagem da outra pessoa.
Como "gastar" a proposta? Como tirar mais do mesmo? Como trazer para o corpo todas essas condições sem a fala?

Improviso: Alguém entra e começa uma ação qualquer e outras pessoas iam entrando na cena, tendo de manter alguma relação com a primeira pessoa. Três cenas foram criadas: a academia, a igreja e a pescaria.
Fizemos um exercício parecido na aula de Improvisação ano passado, aquele do piquenique, em que quanto mais gente entrava na cena, mais caótica ela ficava.
Para lembrar:
- Estabelecer UM foco na cenas, senão ninguém se ouve.
- Procurar trazer para a cena algo que possa levá-la para outros rumos.
- Comprar o jogo proposto, jogo de cintura.
- Não ter medo do fantástico, não ter medo de fugir do realismo (tinha umas sereias querendo pegar o Tubarão, mas elas ficaram com medo de aparecer! haha!)

Termino este post com um curta que não sai da minha cabeça: Dimensions of Dialogue do cineasta Jan Svankmajer (dividido em duas partes). Já que estamos falando em relações, é muito interessante observar a maneira poética e grotesca que o diálogo é ilustrado nestes vídeos.


A parte 2 é a minha preferida =D




Wednesday, April 18, 2012

Aula 16/04




Tema da aula: Conexão

Caminhada pelo espaço. Aos poucos, recebemos instruções de interação com os colegas:

1- Dizer seu próprio nome

2- Dizer o nome do outro

3- Dar as mãos

4- Dar as mãos de olhos fechados

5- Abraçar

6- Dar 3 beijinhos

7- Tapinha na bunda

8- Tapinha no rosto

9- Reverência

Em duplas, exploramos algumas dessas diferentes interações e escolhemos 5 delas, numa partitura em que os elementos deveriam variar entre si de intensidade e tempo/ritmo. As partituras foram apresentadas para o grupo.

O grupo jogou por um tempo, em roda, o jogo da flecha. Depois o jogo manteve-se com os participantes caminhando pelo espaço. Deveriam ser criadas dificuldades para a transmissão da flecha: sinuosidades, objetivos distantes, variações de planos, de tempo/ritmo e de intensidade. O FOCO do grupo é a flecha e todo o grupo deveria sentir e respeitar as variações propostas.

Em duplas, exploramos mais uma vez a conexão através do bambu, primeiro pela ponta do dedo médio, depois apoiando o bambu em outras partes do corpo.

Em grupo de 5 ou 6, lemos um trecho do texto Sacra Folia, de Luis Alberto de Abreu. Com os bambus, deveríamos elaborar uma maneira de contar essa história, sem que substituíssemos a ação física por texto. O FOCO era manter a conexão entre os elementos do grupo ao contar a história. Os grupos apresentaram suas cenas ao fim da aula e a discussão sobre o que vimos será na próxima aula.

GRUPOS:

1) Roberto, Dani Landim, Leandro, Raquel, Hilda, Luis

2) Fernanda, Laura Nogueira, Amanda, Ely, Samira, Thiago

3) Helena, Juliana Leme, Vitória, Jaqueline, Renato

4) Sara, Jota, Bruno, Wilson, Maria Silvia, Laura Salerno


Algumas questões para respondermos sobre o exercício:

. Em que momentos a conexão apareceu nos grupos?

. Por que usar o bambu? Ele foi usado para conectar o grupo?

. Quais os outros indícios de conexão, além do bambu?

. Quais foram as mudanças de energia feitas pelo coro?

. Você se sentiu ativo dentro do seu coro?

. O grupo, em algum momento, se desconectou dos espectadores? Por que?

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Em nossas aulas sobre conexão, sempre me lembro do trabalho de Antunes Filho e seus coros. Não consegui achar imagens em vídeo que ilustrassem bem o que gostaria de mostrar, mas temos aqui 3 fotos e um documentário sobre o processo de Antunes Filho:

Documentário: http://www.youtube.com/watch?v=Gq9JmtUCMeE






Sunday, April 15, 2012

O que te conecta? (Aula do dia 09/04)

A aula, dando continuidade às aulas anteriores, trabalhou com a ideia de conexão.

Alguns exercícios:

*Grupo, em roda, batendo palmas em um determinado ritmo. Quem quisesse, poderia entrar no centro da roda e propor algo, sendo sustentado pelo ritmo estabelecido pelo grupo.

*Grupos de 4 pessoas: cada indivíduo portando um bambu, se deslocando pelo espaço com o grupo, ora um liderando o movimento, ora outro, sem que ficasse visível o líder.

*Grupos de 4 ou mais pessoas: Improvisar uma viagem, um percurso, utilizando os bambus (de forma criativa, fazendo parte da história, da narrativa). Tomando cuidado para não dar ênfase na história e perder a relação com o bambu e com o outro.
Algumas questões que surgiram com este exercício:
- Qual o círculo de atenção principal? Eu com o bambu? Eu com o outro? Eu com o espectador?
- O bambu ajuda a deixar claro o espaço, a relação com o outro?
- Quando usar a palavra?
- Como constituir as imagens?
- Como fazer as transições?
- O que te conecta e o que te desconecta com o outro? E o que fazer quando se sentir desconectado?
- Como não deixar a forma se perder?

*Duas pessoas: uma terá a função de assoprador: lerá um texto para que a outra, que está no foco da cena, conte para o público a história. Depois, mais uma pessoa se juntará à cena para, em dupla, contar a história assoprada.
O assoprador oferece a estrutura e o texto funciona como um bambu.

***

Algumas considerações apontadas pela turma a cerca das questões feitas:
- A conexão do grupo era visível quando havia fluência nos movimentos, no deslocamento. Quando as pessoas diziam "sim" para a proposta do outro, "comprando" a ideia. Sabendo a hora de se colocar como o líder e quando se deixar ser liderado.
- Não se deixar perder na preocupação em contar uma história, ilustrando-a, e esquecer a relação com o bambu e com o outro.
- Aproveitar a estrutura que é oferecida, seja no ritmo oferecido pelas palmas ou pelo texto assoprado.

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Peço que acrescentem outras questões e considerações sobre esta aula nos comentários. ;)

Monday, April 2, 2012

Aula dia 02/04/2012


Aula de interpretação 02/04/2012

Exercícios de aula:
  • Início: Mandala (exercício feito na aula anterior) - a sala dividida em duas turma, cada uma faz um círculo, todos sentados de pernas cruzadas. Cada pessoa sede sua perna esquerda para a pessoa que está na sua esquerda (depois o exercício será feito da mesma maneira porém do lado direito). Massagem nos pés, sentindo o metatarso, movimentos de rotação nos dedos dos pés, calcanhar, soltar a perna. Com a mão esquerda, toca o colega da esquerda desde a nuca até a perna soltando a musculatura do corpo. (Manter a atenção nos movimentos que faz e que recebe). Observar o pé pós manipulação, sentir a diferença com o outro lado do corpo que ainda não esta ativado. Realiza - se o uso da tíbia para melhor apoio dos pés. Ao sentar, deixa o pé que foi movimentado plantando no chão (perna /\, sentado), primeiro usa os apoios das mãos para transferir o peso dos ísquios até o pé que está no chão, logo sem a mão, apenas com o movimento da tíbia (referente a perna que esta apoiada no chão) transfere o peso controlando o movimento. Por final trabalhamos as dobras, deitamos levando as pernas para cima da cabeça, deixando elas passarem e tentarem encostar o chão. Posteriormente, novamente deitados, imaginamos que estávamos deitados abraçando uma grande bola (fazendo essa alusão com nossos braços e pernas, como se a abraçassemos) balançamos o corpo dessa maneira e depois deixamos o peso nos levar para um lado e cair todo corpo (a imagem que criamos era como se fechamos um livro com as mãos e pés) e depois para o outro.
  • Exercício 2:  Em duplas, uma pessoa era a pessoa A a outra a B, a A iniciava seus movimentos, enquanto a B que segurava um bambu começa a conduzir esses movimentos, usando ele para indicar as posições que a pessoa faria (foco era pensar nas dobras que ela poderia realizar com o corpo). Os dois passaram por isso, uma hora sendo A outra hora sendo B. Variou-se os ritmos dos movimentos, das trocas (sem deixar a troca do bambu, de uma mão a outra, ser percebida, usar uma forma natural para realizar a passagem) e dos planos.
(intervalo)

  • Exercício 3: Em roda aprendemos um ritmo com as palmas que deveríamos manter, com atenção na altura (sem ser muito alto, o bastante para ouvir as pessoas falarem) e na velocidade (não aumentar e nem diminuir). Aos poucos, uma pessoa dirigia-se a sua do lado e ficava alguns segundos conversando sobre qualquer assunto com essa para "testar" sua atenção com as palmas, ao continuar andando para o lado, aquela que estava respondendo as perguntas enquanto batia palmas, também parava e começa a conversar. Todos passaram pelas duas experiências, quando acabou, todos estavam novamente na roda inicial, batendo as palmas. Um aluno ou mais dirigiu-se ao centro e realizava o que quisesse lá dentro, sentindo a sustentação feita pelas palmas constantes dos outros colegas. 
  • Exercício 4: Nos dividimos em dois grupos, cada um ocupando uma diagonal da sala. Os integrantes tinham que ficar numa posição definida como divertida, bizarra, mantendo conexão com mais pelo menos dois colegas, então forma-se uma figura, essa deveria sem desmontar se deslocar. (Os dois grupos realizavam as atividades ao mesmo tempo). Como mudança, fizemos novamente a figura, porém agora para nos movermos, um de cada vez, sai da sua posição e criava uma nova conexão, a qual aos poucos ia movimento todos ali presente, apenas com essa deslocação e formação de novas ligações os grupos se deslocaram até a outra diagonal da sala. Para aumentar a dificuldade, escolhemos duas pessoas de cada grupo que deveria fazer essa travessia sem encostar o pé no chão, enquanto o grupo dava o suporte sem encostar as mãos nessas pessoas. (Obs: cada vez que realizávamos misturávamos os dois grupos, variando as pessoas que trabalhavam juntas) Por ultimo, um grupo ficou sentando assinto e o outro teria que se movimentar pelo espaço, mantendo o coro, sem que nenhum observador descobrisse quem era o líder do grupo, quem estava propondo os movimentos e mudanças. (realizamos esse ultimo exercício duas vezes cada grupo)
  • Final: Roda para observações da aula.
(Coloquei essa foto que na minha opinião tem relação com o trabalho de hoje: Imagens, dobras, grupo, movimento)

Laura Nogueira Terra (Laurinha)

Sunday, April 1, 2012

O que é o ator? Quais os seus nutrientes? Qual ator me inspira?

Partindo de tais perguntas, cada um de nós escreveu coisas, que foram lidas e "geografilocalizadas" de acordo com os conceitos, termos, ideias contidas. A partir desse mapa que se formou, montamos os seguintes diagramas: 





LAURA SALERNO
12/03/2012